A produção de mamona no Brasil, na safra atual, será de 146
mil toneladas, 55,8% a mais que no ciclo passado. Segundo estudo da
Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o resultado se deve, em
parte, ao aumento do uso do óleo pela indústria em vários produtos. No
caso da aviação, parte da colheita é destinada à produção de um fluido
que impede o congelamento do combustível nos tanques dos aviões e
foguetes.
A oleaginosa também é destinada à fabricação de biodiesel, lentes
de contato, batom, espuma para colchões, tintas e adubos. ´A mamona é
aproveitada em mais de 500 itens pela indústria química´, diz a
analista da Conab, Zilá Áquila. Ela explica que a resistência da planta
ao clima seco faz com que ela seja uma boa fonte de renda para famílias
que a cultivam no semi-árido. Atualmente, cerca 93% da produção do
Brasil está no Nordeste.
O aumento nesta safra é resultado de um
crescimento de área de 7,3% e melhora na produtividade, que teve um
incremento de 45,3%, quando comparada ao período anterior. Os
agricultores estão colhendo em média 875 quilos por hectare. Durante a
safra 1997/98, por exemplo, a colheita rendia apenas 142 quilos por
hectare.
Mercado
Nos primeiros seis
meses deste ano, o Brasil arrecadou US$ 6,18 milhões com as exportações
de óleos derivados da mamona. Foram embarcados para fora do país 3.416
toneladas. O produtor recebe em média R$ 74 pela saca de 60 quilos.
Fora do Brasil, o óleo extraído do vegetal foi negociado na bolsa de
Roterdam, na Holanda, em média, a US$ 1.568. A bolsa desse país é uma
das referências para os preços do mercado internacional.
Diário do Nordeste, com informações do Ministério da Agricultura